Um olhar para o futuro
- Iasmim Santos
- 19 de mai. de 2019
- 3 min de leitura
Moradora luta para mudar o meio ambiente e a qualidade de vida dos seu bairro.

As ações solidárias geram mudanças no ambiente da comunidade do Jardim Acácia e, são percebidas pelos seus moradores como uma forma de levar mais consciência humanizada para a comunidade e seu entorno.
A moradora da Rua Penápolis, Gessy Gomes é conhecida por realizar o belo trabalho de levar mais vida aos ambientes que antes tinham a nítida presença da cor cinza, tanto do concreto dos entulhos, quanto do embolorado dos lixos. A sua habilidade com as plantas devolveram um colorido às ruas do bairro que estavam apagadas.

Gessy conta que percebeu que precisava começar a colocar plantas na pracinha do bairro e nas ruas próximas, quando a disseminação do lixo começou a incomodar “percebi que havia necessidade de florescer a rua, então comecei plantando uma palmeira em frente a minha porta e, hoje está aí um jardim lindo” ela diz que “a prática dos lixos na sua rua diminuiu e, hoje é só planta”.

A moradora diz que “os lixos atraiam ratos e escorpiões e com essa prática os animais foram afastados” mudou-se assim, o cenário em que a rua se encontrava.
Gessy manifesta muita tristeza quando vê que a rua não recebe o cuidado que deveria “a gente confia nos governantes, pensa que eles vão cuidar de saúde, de meio-ambiente, de tudo e infelizmente não cumprem nem 5% do que prometem” ela acrescenta que “tanto a rua quanto as cidades ficam reservadas ao caos”
Além das ações esperadas pelos governantes, Gessy diz que ainda “falta muita solidariedade” para melhorar a comunidade a respeito da preservação ambiental, e “as pessoas devem se juntar, porque juntos somos mais fortes, só assim para mudar esse cenário de lixo, entulho e tristeza; porque planta é vida, limpa o ar” diz ela.

Veja no vídeo abaixo, terreno do vizinho, agora com poucos entulhos, pois Gessy retirou a maioria. No entanto, ele não coopera mesmo tendo condições financeiras disponíveis para isso.
Mesmo que existam pessoas que maltratem a vegetação ou não tenha o mesmo zelo de cuidar como o dela, Gessy Gomes relata que “não podemos desanimar diante das dificuldades. Ela diz que já passou por muitos eventos dessa origem “pessoas que quebravam e até mesmo roubavam as plantas, mas não desisti; mesmo que roubem ou destruam eu replanto”
Jardim na segunda travessa da rua Belo Horizonte, onde a moradora realiza plantações para evitar o acúmulo de lixo.

Segundo Gessy, uma pequena muda desta planta foi deixada no muro próximo ao jardim dentro de uma lata e, hoje ela se desenvolveu. Para a moradora isso já representa uma motivação ambiental, pois “ao invés de jogarem no lixo, a muda foi deixada no canteiro para ser plantada” e compor o cenário.
Gessy acredita que quando as ações partem de um morador ajuda a conscientizar os outros “quando comecei esse jardim com o meu marido Eugenio, outros moradores da rua transversal que era conhecida por conter grandes lixões, se sentiram motivados; eles limpam e molham”. E acrescenta ela que, com o jardim que existe hoje na sua rua “foi que partiu a iniciava de fazer o jardim perto do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social)”
Fotos Iasmim Santos: Jardim na praça do CRAS.
A moradora da Rua Shalom localizada no Jardim Acácia, Denise Santos diz que a praça agora arborizada é um espaço onde podemos compartilhar alegrias com os amigos, “jogar um dominó, ler um livro, ver as crianças brincando ao ar livre, é tudo de bom”
Denise diz que ações como a de Gessy “faz com que a comunidade se sinta mais motivada”. E acrescenta que “as pessoas precisam aprender a jogar o lixo no dia da coleta e local certo e, não em locais inadequados, pois isso evita problemas como doenças”.
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