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Só existe um tipo de manifestação do vitiligo na nossa pele? Saiba mais

  • Foto do escritor: Iasmim Santos
    Iasmim Santos
  • 16 de abr. de 2019
  • 5 min de leitura

Esse distúrbio da pigmentação exibe uma classificação que foi proposta porque nem todos os casos se comportam da mesma forma, a qual depende da distribuição e do tamanho da superfície despigmentada, sendo dividida em localizada, generalizada e universal.



A forma localizada é composta pelos seguintes tipos: focal, que se distingue pela presença de uma ou mais máculas em determinada área, sem distribuição específica; segmentar, que é caracterizado pela presença de uma ou mais máculas seguindo a distribuição de um dermátomo; e mucoso, no qual somente a membrana mucosa é afetada.

Quando se apresenta de forma generalizada, envolve os seguintes tipos: acrofacial, caracterizado pela presença de lesões típicas na parte distal das extremidades e na face; vulgar, que são máculas acrômicas com distribuição variável, e misto, quando ocorre a combinação de dois ou mais tipos.

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A forma universal corresponde à despigmentação de 50% da pele e/ou mucosas.


Tem cura?

A evolução do vitiligo varia e é muito imprevisível. Embora seja muito difícil, algumas áreas do corpo podem recuperar o pigmento original, mas outras áreas novas com perda de pigmento também podem surgir. A pele repigmentada pode ser ligeiramente mais clara ou mais escura do que a pele ao seu redor. Além disso, a perda de pigmento pode e costuma agravar-se com o passar do tempo. O tratamento pode controlar e desacelerar a doença e até mesmo melhorar a aparência da pessoa, mas não depende exclusivamente do método terapêutico, e sim da reação do organismo a esse método.


Como funciona o tratamento do Vitiligo?

O tratamento do vitiligo ainda é um grande desafio, uma vez que há muitas teorias que tentam explicar a doença e muitas ainda a serem propostas. A principal linha de tratamento no vitiligo consiste em estimular a produção de pigmento nas áreas de pele lesadas. Starricco, em 1959,45 demonstrou que esses melanócitos não sintetizavam melanina em condições normais, porém tornavam-se ativos quando estimulados pela luz ultravioleta ou pela dermoabrasão. O autor concluiu que os melanócitos eram capazes de se mover ao longo da epiderme e tornar-se morfológica e funcionalmente maduros. Mais tarde, Cui et al.46 estudaram os diferentes estágios de repigmentação e confirmaram a existência de uma reserva de melanócitos nos folículos pilosos.

As principais formas de tratamento são:

Uso de medicamentos que podem ajudar a melhorar a aparência da pele, como cremes que controlam a doença e que, se usados logo no início, podem até ajudar a restaurar a cor original da pele. Não se desanime, se não notar progressos na cor da pele logo no começo do tratamento. Podem demorar meses até que ele mostre sua eficácia.


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Cremes de corticosteroides costumam ser eficazes e são, geralmente, fáceis de manusear. As únicas contraindicações são os efeitos colaterais que eles podem causar, como o afinamento da pele e o aparecimento de estrias. Cremes a base de vitamina D também podem ser recomendados pelo médico.

Medicamentos que atuem diretamente sobre o sistema imunológico podem ser uma saída. Consulte seu médico sobre a possibilidade de usá-los. Além disso, converse com o especialista também sobre a possibilidade de combinar o uso de medicamentos com terapia de luz ou a laser. Ele poderá lhe informar sobre possíveis efeitos colaterais e sobre a eficácia do tratamento.


Terapias

Para o tratamento do vitiligo, alguns tipos de terapias podem ser utilizados, como:

Psoraleno + terapia de luz: este tratamento combina uma substância derivada de plantas chamada psoraleno com terapia de luz. Depois de tomar psoraleno por via oral ou aplicá-lo na pele afetada, o paciente é exposto à radiação ultravioleta A (UVA) ou ultravioleta B (UVB). Essas abordagens tendem a ter melhores resultados do que apenas fazer uso de medicação ou luz. O tratamento pode ser repetido até três vezes por semana de seis meses a um ano

Despigmentação: esta terapia pode ser uma opção se o seu vitiligo é generalizado e outros tratamentos não funcionaram. Nela, um agente despigmentante é aplicado em áreas não afetadas da pele. Isso gradualmente a ilumina para que ela se misture com as áreas descoloridas. A terapia é feita uma ou duas vezes por dia durante nove meses ou mais. Os efeitos colaterais podem incluir vermelhidão, inchaço, coceira e pele seca.


Cirurgias para Vitiligo

A cirurgia pode ser uma opção se a terapia de luz e as drogas não funcionarem. A cirurgia também pode ser usada em conjunto com essas terapias, caso paciente e médico sintam necessidade. O objetivo das seguintes técnicas é para uniformizar o tom da pele, restaurando a cor.Há diferentes tipos de cirurgia:· Enxerto de pele: o médico remove pequenas partes da pele com a pigmentação original e coloca sobre as partes do corpo que já perderam a cor· Enxerto por bolhas: o médico cria bolhas em cima da pele pigmentada. Depois, retira o material dessas bolhas e o transplanta em cima de partes descoloridas do corpo.

Quais os problemas mais comuns que pessoas com vitiligo precisam aprender a lidar?


O vitiligo pode ser extremamente desfigurativo e causar problemas importantes para o paciente. Vários estudos mediram a qualidade de vida em pacientes com vitiligo. E baixa autoestima e imagem corporal ruim foram observadas nesses pacientes, além de distúrbios psiquiátricos importantes (até 25% em um estudo). É importante ressaltar também, que em crianças e adolescentes é uma questão especial, pois estão em processo de formação e desenvolvendo seu senso de identidade.Assim, o paciente com vitiligo não deve ser encarado como possuidor de uma doença orgânica apenas, mas como um doente que vive em uma sociedade na qual a aparência tem grande apelo, até profissional. E com isso esse paciente sofre muito devido aos estereótipos das outras pessoas.


Convivendo/ Prognóstico


Para evitar o progresso da doença e ajudar a garantir a eficácia do tratamento, adote estas medidas:

Evite ficar exposto à luz solar e a fontes artificiais de luz que contenham índices altos de raios UV

Faça uso de produtos dermatologicamente testados para dar disfarçar e melhorar a aparência da pele. Consulte seu médico antes de fazê-lo

Não faça tatuagens. Causar esse tipo de lesão pode prejudicar o tratamento e levar ao surgimento de novas manchas.



Confira abaixo exemplos de superação e representatividade envolvendo, o Vitiligo:

Há muitas celebridades que têm vitiligo e, inclusive, algumas delas são até mesmo exemplo de superação e autoestima. É o caso da modelo Chantelle Brown-Young, conhecida como Winnie Harlow, que descobriu o vitiligo com 23 anos. Ela conseguiu provar que é tão bonita quanto qualquer mulher e, hoje, se destaca no mundo da moda, além de ser exemplo de aceitação e positividade para quem passa pela condição.


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Em 2018, o time de tops ganha ainda mais diversidade com mulheres de diversas nacionalidades - entre elas, a canadense Winnie. Modelo que ganhou destaque nos últimos anos ao abraçar o vitiligo como algo que a tornava única e não uma imperfeição. Observação: foi a primeira vez que uma modelo com a doença cruza a passarela da Victoria's Secret (marca de lingerie e produtos de beleza, fundada em 1977).

Não poderíamos deixar de citar aqui, um dos casos mais conhecidos do mundo: o do cantor Michael Jackson, que, em meados dos anos 1980, foi diagnosticado com vitiligo e lúpus (doença autoimune).

Ele passou anos usando maquiagem para cobrir a pele em aparições públicas. Com o avanço das manchas, revelou ter a doença em um programa de televisão norte-americano. Você pode assistir clicando aqui!

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