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O ir e vir: conheça os braços solidários que transformam dificuldades na locomoção em melhorias

  • Foto do escritor: Iasmim Santos
    Iasmim Santos
  • 13 de mai. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 10 de jun. de 2021

Em Feira de Santana, direitos dos cidadãos são garantidos através de inciativas dos próprios moradores do bairro Tomba e Jardim Acácia.


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Fotografia: Iasmim Santos

A falta de acesso entre duas ruas e de calçadas adequadas para o trânsito de pessoas mobilizou moradores, que se uniram para mudar o cenário em que se encontravam.

O morador da 1ª Travessa da Rua Belo Horizonte, no Jardim Acácia, José Santana da Silva, deu exemplo de protagonismo. Aliou a sua profissão de pedreiro à construção de uma ponte sobre um esgoto que corre a céu aberto no bairro.


José Santana da Silva, 67 anos.
Fotografia: Iasmim Santos

José Santana da Silva, 67 anos.


José Santana relata dificuldades que a população encontrava ao passar pelo local. “Teve situações em que as crianças caíram dentro do esgoto e, quando chovia, as pessoas não tinham como se locomover. A única opção era contornar por outra rua considerada perigosa, pois ocorrem muitos assaltos.” A construção de uma ponte evitaria essas adversidades.


Inconformados com os problemas, ele e um colega construíram a ponte com a ajuda do dono de um supermercado próximo, que doou cimento e concreto.


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Fotografia: Iasmim Santos

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Fotografia: Iasmim Santos

Ponte construída por José.


Para José essas ações são importantes para conscientizar os moradores “se todos pensassem assim, seria muito bom. Os moradores das proximidades queriam fazer, mas não tinham coragem”, afirma.


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Fotografia: Iasmim Santos

Seu José e a ponte ao fundo.


O pedreiro diz que a construção da ponte evitou que moradores caíssem no esgoto, como aconteceu, com policiais que fizeram em uma operação no local. “A polícia veio correndo na busca de suspeitos e caíram, tanto a polícia quanto os procurados, dentro do esgoto”, relembra.

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O esgoto correndo a céu aberto.

A população reconhece seu trabalho. “Todo mundo ficou alegre, o pessoal fala que a ponte ficou boa”, conta. A obra ajuda todas as pessoas que desejam passar pelo local.


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Fotografia: Iasmim Santos

Pedra colocada para impedir que motos transitem em alta velocidade e atropelem pessoas que andam sobre a ponte.


E não foi só José Santana que acreditou ser necessário mudar o seu espaço. O mecânico Edilson dos Santos Rosário, morador do bairro Tomba, também viu a necessidade de fazer uma calçada no terreno próximo à sua oficina.

Edilson diz que, quando comprou o terreno dele, tudo estava muito abandonado pela prefeitura e pelos moradores. “Nós também somos culpados por isso, não podemos esperar só pela prefeitura”, acredita.



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Fotografia: Iasmim Santos

Edilson dos Santos Rosário

O mecânico conta que, devido ao lixo e ao matagal, ele resolveu fazer a limpeza e construiu uma calçada no local. Isso facilitou a locomoção das pessoas e fez com que o lixo também diminuísse nas redondezas.

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Fotografia: Iasmim Santos

Calçada iniciada por Edilson

Através da sua ação, Edilson diz que outros moradores tiveram consciência e também seguiram o exemplo dele. “Depois que eu fiz essa calçada, mais ou menos uns seis moradores copiaram o que eu fiz”. Mesmo assim, o mecânico afirma ser necessário o apoio da prefeitura para melhorar ainda mais o local. “Melhorou bastante, mas ainda tá faltando um toque final da prefeitura”, acredita.

Edilson dos Santos diz que não recebeu incentivos de outras pessoas “eu fiz essa obra com gasto só meu, gastei R$ 1.600, 00, mas valeu a pena”.

Edilson diz que muitas pessoas jogavam “animais mortos e lixos no local que atraia ratos, escorpiões”. “As práticas não pararam por completo, mas diminuiu bastante”.

E além da obra da calçada, Edilson também sentiu a necessidade de plantar árvores no local. O que gerou incentivo para que outros vizinhos começassem a fazer o mesmo “eu plantei essas três árvores, e outro morador plantou mais duas”. O mecânico também relata que infelizmente existem moradores que não colaboram chegam até as plantas. “Alguns moradores tem o gosto só de destruir. Eles arrancam daqui, jogam lá na frente, mas é assim mesmo”.


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Fotografia: Iasmim Santos

Árvores plantadas por Edilson

Pensando na coletividade, Edilson Santana acrescenta que “o que a gente não pode é desistir, sempre persistir em fazer coisas que são para a nossa melhoria e para a melhoria dos outros moradores também”.

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