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A Importância do Rádio para a Sociedade Atual

  • Foto do escritor: Iasmim Santos
    Iasmim Santos
  • 16 de abr. de 2019
  • 5 min de leitura

A partir de conhecimentos acerca do rádio e o seu poder de mediação e difusão em torno da sociedade em determinados eventos históricos e momentos de grande importância social. Cabe expor a sua relevância para as comunidades com o passar dos anos e, para a comunicação e recepção de interlocutores de diferentes classes sociais e estilos de vida.




A Semente do Rádio Floresce


A priori, o rádio é mestre em despertar a imaginação de quem está ouvindo e, tem um papel privilegiado frente aos outros meios de comunicação de massa, uma vez que preza pelo imediatismo e instantaneidade da mensagem.


No que se refere à sensorialidade, a rádio envolve o ouvinte fazendo-o participar por meio de criação de um "diálogo mental" com o emissor. Em simultâneo, desperta a imaginação através da emocionalidade das palavras e dos recursos de sonoplastia, permitindo que as mensagens tenham nuances individuais (AMARAL, 2016, p. 2).

É também, o meio de maior alcance no mundo além de promover a transformação social, sendo fundamental para os cidadãos.

O rádio, além do imediatismo que possibilita termos acesso rápido às informações, ainda nos privilegia com a grande mobilidade que possui. Seja no desembarque do aeroporto, seja no ônibus, seja em uma partida de futebol ou mesmo na rua, ele pode nos acompanhar facilmente. Esse mass media vem ganhando espaço até mesmo nos próprios aparelhos celulares, que já se tornaram indispensáveis a milhares de indivíduos. Pelo celular passou a ser transmitido também jornalismo (notícias e prestação de serviços), música e esporte (entretenimento). (DIAS; FERRANTI, 2009, p. 2)

A história do rádio no Brasil começa a ser escrita a partir de 1922, nas comemorações do centenário da Independência. No topo do Corcovado, no Rio de Janeiro. A Westinghouse Electric, junto com a Companhia Telefônica Brasileira, instala a primeira estação de 500 W, inaugurada com um discurso do então presidente Epitácio Pessoa.

No entanto, é a partir de 1932, com um decreto do presidente Getúlio Vargas autorizando as rádios a buscarem inserções publicitárias que, o rádio evoluiu. Era o início de novos tempos, de um cunho mais popular e voltado à informação dos ouvintes. Da mesma forma, o próprio governo passou a fazer uso da eficiente ferramenta com a criação da Rádio Jornal do Brasil, a “Voz do Brasil”, em 1935.

O rádio foi utilizado em discursos políticos, como ferramenta de persuasão, e como companheiro das horas livres ou ocupadas. O rádio além de informar, produz um entretenimento muito próximo dos seus ouvintes.

Chegou ao alcance do ambiente virtual, como a rádio web no cenário multiplataforma. E tornou-se portátil, sendo levado para qualquer lugar. Ele foi se transformando, e hoje se adapta com o avanço das tecnologias.

Sabe-se que atualmente, os métodos fotográficos, a televisão e a internet possibilitaram em conjunto um importante progresso. E a imagem ganhou um destaque maior, passando a se unir com o som.

Mas, enquanto a pós-modernidade fez com que um público determinado de pessoas e uma classe social mais alta se distanciassem do rádio (que antes era um veículo somente da elite), devido o acesso aos novos dispositivos tecnológicos e avançados, outros públicos, que não receberam essa mesma inclusão, observou no rádio o único meio democrático e acessível.

No artigo “A influência no Rádio na formação da identidade nacional brasileira na metade do século XX” percebemos que a Era do Ouro do rádio (1930 - 1950) foi um período que a radiodifusão (serviço de radiocomunicação cujas transmissões se destinam a ser percebidas diretamente pelo público em geral, podendo compreender rádio, televisão, telex ou outro tipo de transmissão) foi feita com muito idealismo, paixão e participação na vida brasileira trazendo benefícios culturais, sociais e políticos ao país “Fortaleceu o sentido de nação, se consolidou a própria língua portuguesa falada no Brasil, dando-lhe mais homogeneidade na pronúncia, sem lhe destruir as peculiaridades regionais” (SANTOS; et al., 2013).


Sabe-se que, a disseminação do seu caráter social se deve à própria linguagem radiofônica. Muito mais direta, coloquial, próxima à população persuasiva e natural:

No que se refere à linguagem convém realçar que, na informação radiofónica, ela é simples e caracterizada pela repetição de conceitos de modo a que o ouvinte possa assimilar a ideia que se pretende comunicar. Eliminar o supérfluo para não desvirtuar o significado da mensagem tornou-se um imperativo. Assim, a naturalidade de expressão prevalece em detrimento das palavras confusas e das frases complicadas, isto para que o ouvinte não se sinta forçado a esforços superiores à sua compreensão normal. (AMARAL, 2016, p. 2)

Muitas pessoas utilizam hoje, o rádio como forma e meio principal de transmitir e receber informação. E mesmo muitos achando que o rádio vai desaparecer vemos que, apesar de tantas tecnologias, ele continua firme na cozinha, no carro, nas caminhadas, na mesa do bar, enfim, em todos os lugares.

Com o avanço da globalização e trocas comunicacionais, os espaços de informações se ampliaram, os distanciamentos entre fronteiras foram desfeitas e o acesso foi facilitado. Mas não para todos, pois é necessário nos atentarmos à qualidade desse acesso e percebermos que muitos enfrentam dificuldades em adquirirem as tecnologias modernas e, dispositivos móveis, como uma televisão ou celular por exemplo.

E isso nos mostra, a importância que o rádio tem para as populações mais carentes e sem escolaridade, já que, o rádio engloba um público que na maioria das vezes não tem condições econômicas necessárias. Ou seja, estão impossibilitados de adquirirem equipamentos mais sofisticados, já que na maioria das vezes não tem nem o essencial para viver, e buscam priorizar outras ferramentas no seu cotidiano sendo as tecnologias modernas colocadas em um plano secundário devido ao alto valor de custo. E faz-se necessário salientar que, o rádio não exige alfabetização do receptor, e isso:

Em um Brasil que tem um dos mais altos índices de analfabetismo do mundo – de acordo com os dados dos IBGE, hoje, ainda há quase 14 milhões de brasileiros, com 15 anos ou mais, analfabetos – permite que o rádio, entre os meios de comunicação, seja o de potencial mais popular e democrático. (SILVA, 2012)

É um recurso barato, e no mundo é um dos mais eficientes. Pois leva informações não importa onde estão os ouvintes, o rádio tem o papel de difundir a informação e não privilegiar somente um público.

Devido à sua autonomia, a rádio deixou de ser um meio de recepção coletiva e tornou-se individualizado. Esta característica permite ao emissor falar para toda a sua audiência como se falasse para cada ouvinte em particular. Com a atividade de ouvir podem desenvolver-se outras tarefas e, por isso, a rádio torna-se um "pano de fundo" em qualquer ambiente, despertando a atenção do ouvinte quando a mensagem é do seu interesse. Com a rádio podemos ouvir as notícias ao mesmo tempo em que efetuamos outros trabalhos, o mesmo já não acontece com o telejornal televisivo se pretendermos associar a notícia à sua respectiva imagem. (AMARAL, 2016, p.2)

Hoje o rádio se moderniza e, cabe em meio a essas modernizações, a preservação da pluralidade. E, que mesmo em outros cenários mais atualizados o rádio seja incorporado cada vez mais no interior das comunidades, em busca de dar oportunidade e voz aos que mais necessitam.


Referências:

AMARAL, Catarina. CARACTERÍSTICAS DA RÁDIO. 2016. Disponível em:<http://www.ipv.pt/forumedia/4/16.htm>.Acesso em: 16 mar.2019.

FERRANTI, T. R.; DIAS, M. V. S. A importância da comunicação radiofônica para os dias atuais. Belém, PA, p.10, 2009. Disponível em:<http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2009/resumos/R4-1099-1.pdf>. Acesso em: 16 mar.2019.

SANTOS, D. M.; et al. A influência no Rádio na formação da identidade nacional brasileira na metade do século XX. 2013. Disponível em: <http://jornaldanova.com.br/noticia/18317/a-influencia-no-radio-na-formacao-da-identidade-nacional-brasileira-na-metade-do-seculo-xx>. Acesso em: 16 mar.2019.

SILVA, Raissa Araújo do Rosário. Papel e importância do rádio através da História. Ed. 718, 2012 Disponível em:<http://observatoriodaimprensa.com.br/interesse-publico/ed718-papel-e-importancia-do-radio-atraves-da-historia/ >. Acesso em: 16 mar.2019.

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